Galã da novela Rebelde, da Record, Luciano Szafir concedeu uma entrevista ao jornal O Dia deste domingo (3), na qual revelou sua intimidade com a filha, Sasha, fruto da relação que teve com a apresentadora Xuxa Meneghel. Segundo o ator, a menina de 12 anos já fala em namorar.
"Achei que fosse mais (ciumento). O futuro namorado, seja ele como for, eu não vou ligar. A gente cria filho para o mundo, não é? Todos nós tivemos aquele amor da vida que, no fundo, não virou nada. E é bom para caramba. Quando eu lembro do primeiro beijo, daquele friozinho na barriga que não volta mais... Você vive aquilo uma vez. Sasha já falou em namorados. Já teve fases em que falava mais. Mas ela se abre mais com a mãe do que comigo, claro", revelou.



O DIA — Em ‘Rebelde’, como Franco vai lidar com a rebeldia da filha Alice (Sophia Abrahão)?
Luciano Szafir — Primeiramente, ele não sabe como lidar com problemas das mulheres. Sempre criou os filhos com certo distanciamento por causa da morte da mulher durante o parto e por trabalhar muito. Ele também é daquele tipo de pai que dá dinheiro em vez de amor. Por isso, fica até um pouco agressivo e parte para o autoritarismo. São raros os momentos de carinho.

— Como é a relação com sua filha, Sasha? Vocês conversam muito?

— Eu sempre fui muito presente, nos encontramos quase todos os dias. Conheço todos os amigos e amigas. Tenho o telefone de todos e sei quem são os pais. Já passei pela fase de não conseguir desgrudar. Mas ela já tem a maturidade de uma menina de 16 ou 17 anos da minha época. Hoje há mais informação do que nós tínhamos. Isso tem o lado bom e o ruim. Acho que eles perdem a ingenuidade muito cedo, né? Mas ganham muito mais informação. Não sei o que é melhor.

— E qual a maior rebeldia que você já fez na juventude?
— Na adolescência, era ‘pianinho’. Mas a maior rebeldia foi quando disse que ia passar uma semana fora e voltei um ano depois. Fui para Nova Iorque de mochila nas costas e com US$ 100 no bolso. Fiquei em um restaurante de um amigo e me convidaram para ser modelo. Decidi ficar. Tinha 18 anos.

— Você deixaria sua filha fazer isso?
— Era uma outra época e uma outra geração. Agora, somos os melhores amigos deles e vice-versa. Há uma conversa que existe hoje e que não havia naquele tempo. Então é difícil analisar as atitudes que você toma ou que vai tomar porque são gerações diferentes.

— O que é mais difícil na relação adulto/adolescente?

— Com a experiência, você vê coisas que são erradas e com as quais eles vão quebrar a cara. A gente mesmo aprendeu assim. Você não pode segurar muito o filho, mas também não pode soltar demais. Até porque hoje o mundo é muito mais violento que há 30 ou 40 anos. Hoje em dia, todo mundo tem arma, não pensa em suas atitudes.

— Como você lida com os limites? Diz muito ‘não’?
— Depende do assunto. Acho que você tem que fazê-los entender as coisas até um determinado momento. Não entendeu, é não e ponto. Digo não para coisas que ponham em risco a segurança dela. Eles não têm noção do perigo que correm. Eu já passei por vários perrengues. Já tomei arma na cabeça, sofri acidente de carro e vi muita coisa ruim.

— Você é um pai ciumento?

— Nem tanto. Achei que fosse mais. O futuro namorado, seja ele como for, eu não vou ligar. A gente cria filho para o mundo, não é? Todos nós tivemos aquele amor da vida que, no fundo, não virou nada. E é bom para caramba. Quando eu lembro do primeiro beijo, daquele friozinho na barriga que não volta mais... Você só vive aquilo uma vez.

— A Sasha já fala em namoradinho?
— Já falou. Já teve fases em que falava mais. Mas ela se abre mais com a mãe do que comigo, claro.

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